Se eu pudesse recomeçar, faria tudo diferente. Mas não posso. O tempo não volta. Essa é a maior dica para seguir em frente. E o primeiro passo dessa jornada começa com uma reconciliação pessoal com o meu passado.

Eu aceito a minha história, o meu caminho. Celebro as minhas conquistas, o que me tornei e o quanto avancei. Recordo as minhas falhas e fraquezas. Reconheço os meus erros e os momentos em que talvez tenha magoado aqueles que amo, mas me permito ser humano e vulnerável.

Não sou perfeito. Ninguém nunca esperou isso de mim. Eu sempre dei o meu melhor. A melhor versão de mim mesmo. Ainda assim, consegui ser eu mesmo durante esse processo, mesmo com todos esses erros e fracassos.

E aqui começa a minha jornada para a gentileza. Olho para mim. Para a minha própria história. Quem me tornei. Mas de uma outra perspectiva. Dessa vez, em vez de pensar no que faria diferente se pudesse voltar no tempo, olho para as minhas decisões passadas e penso: "Bem, que bobo eu fui". Percebi que no passado, eu não teria todo o conhecimento que tenho agora.

Eu tenho muitos momentos de arrependimento, mas sem eles, não teria me tornado a pessoa que sou agora. E estou muito orgulhoso de mim mesmo hoje.

Quando eu tinha dez anos, passava horas na cama, sonhando acordado, tentando imaginar como seria a vida nessa idade. Eu imaginava a minha rotina, o trabalho, a casa e como eu me vestiria. E lembro de prestar tanta atenção aos detalhes, tudo tão perfeito, que um dia fiz um compromisso de lembrar disso. Eu tinha como objetivo chegar a essa idade e ver o quão preciso eu teria sido.

É fácil se perder na loucura do mundo atual. Mas agora posso voltar àquele menino e dizer: você conseguiu. E a todas as muitas versões de mim que tentei deixar para trás, me desculpe. Também me orgulho de você. Não vou mais te esconder. Na verdade, só chegaria a esse ponto com você.

Para ser gentil com o mundo, começo sendo gentil comigo mesmo.